(Que porra é essa?)
- Vamos meu filho. Seu pai já foi trabalhar e seu irmão nem pra casa voltou, ou seja, você não tem carona.
- J-Já vou, já vou.
- Beijos filho, mamãe te ama.
- Maluco, que sonho foi esse? Bom, como a velha disse, deixa eu ir me arrumar
Naquela manhã eu fiz tudo correto. Porém a minha casa estava estranha. Não tinha ninguém, mas era um vazio estranho. Enfim, fui para a escola.
Eu tinha dois amigos, Pedro e o Lucas, dois irmãos muito engraçados, estavam sempre comigo, onde quer que eu fosse. Tinha também o Emanuel, na verdade ele não era meu amigo, só andava no grupo porque a Maria (um suspiro), ah a Maria Stella. Seus longos cabelos loiros, olhos verde-claro, boca carnuda, o vermelho era natural, sem batom nenhum, maçãs lindas que se fundiam em seu rosto mais lindo ainda, que afinava até a ponta do queixo, levemente desenhado pelo melhor projetista de carro de F1. Seu corpo? O mais belo que já vi, seios fartos para 16 anos, e cintura fina, que não vinha acompanhado de um "bundão", mas uma bunda na medida...
- Eai caralho!?
- Opa, fala aê, viado! (Nem tinha me deparado que estava dentro da escola).
Pedro é o mais aloprado, moreno do sol, olhos verdes e cabelo curto. A barba (falha) que começa a aparecer ele deixa para tentar conquistar as mulheres mais velhas. Lucas é negro, puxou o pai, tem olhos meio puxados, e são mais negros que a escuridão, careca, sempre. Já o cuzão do Emanuel, é... um cuzão, imagina um cuzão, então é ele um cuzão, todos os cuzões são iguais, e esse cuzão, é igual aos outros cuzões.
- E ai, Thur, o que você nos conta de novo? - Me questionou, Maria.
- Ah, ontem eu tive um sonho muito louco. Sonhava...
- Que era homem. Ahahahahah - Me interrompeu, Emanuel.
- Ahahaha, sacanagem. Fala Thur, o que foi o seu sonho? - Insistia Maria.
- Não acredito que você quer ouvir o que esse virgem tem a sonhar. Deve ter sonhado com uma buceta. Que por sinal, foi o pais próximo que chegou. Vamos, virginsse passa. - Levantou Emanuel, puxando Maria com ele.
- Por que andamos com esse cuzão? - Questionei ao mundo, e Lucas me respondeu.
- Porque ele namora com a Maria. E por que a Maria anda conosco? Nunca vamos saber a resposta.
- Ela deve ta afim de mim, mas não tem coragem para sair do pau do cuzão e vir experimentar o meu. - Disse, Pedro.
Riiiiiiiiiiimmm
- Vamos para a sala, Creed!
- Já vou, Lucas. Vão indo, vou ao banheiro antes.
(Dentro do banheiro)
Estou com medo, eu estou com medo. Do que? O que poderia me acontecer dentro da escola, não tem como! Foi tudo um sonho, não aconteceu nada, aquilo não foi verdade, eu to de boa aqui. Vou subir para a minha sala.
A escola era grande, logo na entrada dela já era possível ver a quadra principal de futebol, e ao fundo a de vólei e basquete. Atrás da quadra principal já tinha duas escadas, uma que desce para o banheiro e outra que sobe para as salas. A minha sala era no ultimo andar, o andar 3.
Para afastar o medo, decidi cantarolar "Subindo as escadas, olé olé olá, se essa porra não virar... PUTA QUE O PARIU, EU VOU MORREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERRR".
Eram aquelas merdas, eram os Muchcrazy. Ma-Mas que por- é um sonho, só pode ser um sonho, dentro do meu sonho, que eu tava sonhando, só... Eles tão vindo! Pela duvida, vou correr.
Subi as escadas quase caindo, virei a esquerda com toda a velocidade, corri pelo corredor, e aqueles putos logo atrás de mim. Subi mais escadas, estas levavam ao andar 2. Fechei um portão de metal, grades de metal(?), nunca tinha visto isso aqui, impossível elas terem aparecido assim do nada. Só pode ser um...
- Sonho? Não, não é um sonho.
Me virei lentamente, eu conhecia aquela voz era...
- Ele! Desgraçado, o que esta acontecendo?
- Já não te disse que você é o Recrutado? Precisamos de você. Precisamos que aprenda a "limpar" os mundos.
- Limpar? Mundo? Que porra é essa?
- Não temos tempo para explicações. Abra a sua bolsa, tem o material necessário para limpar esse mundo. Mate Macária, não falhe como falhou no primeiro teste. Agora vá, os Muchcrazy quebraram o portão.
- FILHO DA PUTA! Sempre foge na hora que eu mais preciso dele. Minha bolsa, o que tem aqui?
Eram duas armas, douradas, duas Desert Eagle .50 AE. Em uma estava escrito "Fuck" na outra "Off". "Quanta criatividade" pensei.
- Bom, é isso que vocês querem seus Much-Fuck-Crazy, é isso que vocês vão ter!
O portão veio a baixo, eles me olharam nos olhos, deveria ter uns 10 deles. Vieram correndo em minha direção, dei o primeiro passo meio exitado, logo veio o segundo, o terceiro, e quando me dei conta, já estava correndo na direção deles. Puxei a Fuck com a mão direita, olhei pela mira, e dei o primeiro disparo...
BUUUM
Bem na testa do primeiro animal, saquei a "Off" com a esquerda e fiz o mesmo...
BUUUM
Quando cheguei perto, pulei, pulei o mais alto que já pulei na minha vida, fui aos poucos virando um mortal no ar, e atirando nos Muchcrazy. As armas cantavam, pareciam cantoras fazendo um dueto, uma seguida da outra, nenhuma "atropelava" o solo da outra. Quando coloquei os dois pés no chão, cai de frente para eles novamente. Eles? Agora era um só. Mirei com as duas, e recitei a frase "Fuck Off", e atirei com as duas, as balas pareciam dançar balé, e se encontraram de forma definitiva, na cabeça do ultimo Muchcrazy.
Fui andando lentamente até a minha bolsa, lá tinha mais balas, e uma adaga. Recarreguei as minhas armas, coloquei mais um pouco de munição nos bolsos, e a adaga dentro da minha meia. Foi quando ouvi.
- Ora, ora... Se não é o nosso grande amigo. Arthur Creed.
(Continua)